sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Encontros e despedidas

Eles decidiram. Acho que combinaram uns dias antes, longe de mim. Porque nada além disso explica o fato de terem parado de mamar no peito na mesmíssima data: 11 de novembro. Antes disso, eles vinham já me dando alguns avisos de que a "despedida" estava perto. Mamavam cada vez menos. Houve momentos em que acho que só fizeram isso para me agradar mesmo. Mas no dia 11, os dois só abriram a boca para a mamadeira. E eu achei melhor não insistir mais. Não que a decisão não tenha causado um certo aperto. À noite, sozinha, senti um vazio meio estranho. Nada que levasse ao choro, por exemplo. Mas também nada que pudesse passar sem uma menção aqui.

Na manhã seguinte, estava me arrumando para vir trabalhar quando a babá me chamou. "Vem ver os dois tomando suco!" Eles seguravam as mamadeiras sozinhos. Tipo gente grande. Tá... gente grande não toma mamadeira - mas de vez em quando eu bem que gostaria de uma, viu! Bom, voltando... Desde o dia 12 de novembro, na hora das mamadas e dos sucos, coloco os dois sentadinhos em um canto, entrego-lhes as mamadeiras e pronto. Só preciso ficar por perto ainda porque, volta e meia, um deles se esquece de que precisa ir levantando o frasco à medida que o líquido abaixa. Ou um deles se cansa e derruba tudo.

E uma semana depois da tal "despedida", ganhei ainda outra compensação. Eles falaram "mamã". Tenho lá minhas dúvidas de que dizem isso sabendo que se referem a mim, mas e daí? Também não repetem o "mamã" sempre que eu peço. Mas e daí?

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