segunda-feira, 27 de julho de 2009

Cenas de dois batizados






ps1: estas fotos (e tb as duas que tiramos no bar Squat) são de um amigo, o Tiago Queiroz. Valeu, Tiago! Momento registrado à altura.
ps2: família, estas são só um "aperitivo", ok? O Tiago vai mandar depois todas as que tiramos. E, claro, o CD de imagens vai circular muito!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Em surto

Fui almoçar com uma amiga que tem gêmeos com idade bem próxima da dos meus. A gente mal se cumprimentou, ela tossiu e imediatamente me disse: "Olha, estou com uma tosse. Mas não é nada, viu? Pode ficar sossegada!". Eu dei então uma risada de alívio. Não porque seu cof cof era alérgico. Mas porque havia encontrado finalmente alguém que me entendia. Por mais que eu tente me controlar - e ache, de verdade, que estão exagerando um pouco com relação a essa gripe suína - volta e meia, me pego em uma espécie de surto. O nariz do Vitor escorre um pouco? Lá vou eu tirar a temperatura, checar a respiração... O Tomás chora de um jeito diferente? E eu me dedico a mais uma análise detalhada... Medo. Puro medo.

Em minha defesa, talvez possa citar o mês que passamos na UTI. De qualquer forma, hoje percebi que preciso muito segurar a minha onda. Porque eles estarão sempre expostos a algum risco na vida, né? Meu dever agora, que são tão pequenos, é protegê-los, claro. Mas não dá para colocá-los numa bolha. Vontade, de vez em quando, não falta. É preciso ser sincera. Aquela frase de que mãe faz qualquer coisa para evitar o sofrimento de um filho tem todo sentido. Há, no entanto, limite pra tudo. O bom foi que terminamos - eu e a amiga, mãe dupla também de primeira viagem, - rindo das nossas próprias atitudes. É... ser mãe não é fácil. Em tempos de pandemia, menos ainda.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Nosso ritual

Eu não coloquei foto no domingo que passou. Estou em dívida, eu sei. Mas a vida anda corrida de verdade. Trabalhar, amamentar, trocar fralda, cortar as unhas de quatro mãos, de quatro pés (aliás, as unhas dos bebês crescem numa velocidade surreal)! Às vezes, bate uma sensação de sufoco, sabe? Hoje, por exemplo, eles tomaram sopa pela primeira vez. O pai presenciou a cena e, por msn, no comecinho da tarde, generosamente me contou como foi. Mas, é óbvio, meu coração doeu um pouquinho por não poder estar lá com eles na hora. Escapou um desses momentos que não voltam mais. Sim... sou ciente de que não estarei junto deles em muitos acontecimentos importantes (pro bem deles, inclusive!). Mas preciso confessar que, pelo menos por enquanto, perdê-los não é coisa fácil. Ao meio-dia, sentada aqui diante do computador, imaginei os pratos quentinhos na frente deles... E torci para que tivessem uma experiência gostosa. Tiveram.

Outro medinho que dá de vez em quando é o de eles se esquecerem de que sou sua mãe. Então, agora que gasto muitas horas longe, quando chego em casa, não só fico querendo compensar o tempo perdido como também faço todas as brincadeiras que inventamos juntos. E que viraram uma espécie de código entre a gente. Terminado o "ritual", não tenho dúvidas de que sabem que voltei. Começo cantando Roberto Carlos. As músicas embalam a dupla desde a barriga e têm o poder de hipnotizá-los. Mesmo. É lindo de se ver: eles me olham completamente entregues, seduzidos. Depois, pego cada um deles no colo e beijo seus queixos. Eles então desatam a gargalhar. Na seqüência, aproximo meu rosto e eles esfregam a cara na minha bochecha. Ganho assim o que considero a prova máxima da nossa ligação. E, por fim, jogo os dois na minha cama, que ultimamente vive cheia de bichinhos de plástico, mordedores e afins. Eles se divertem. Eu acalmo a culpa e a saudade.

ps: o Vitor está falando! Revelou-se neste fim de semana um tagalera legítimo. Chega a perder o fôlego. E parece encantado com o poder da própria voz. Um Tom ainda quietinho é que não tem gostado tanto dessa novidade. Volta e meia, ele se assusta.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Primeira balada

Ontem, o Vitor (esq) e o Tomás (dir) foram conhecer o bar novo de uns amigos, o Squat. Amaram a decoração. Atestaram a cremosidade do chopp. E saíram de lá contando os meses para provar o bolinho de risoto de alho poró com queijo brie. Com certeza, irão voltar muitas vezes.
ps: nas fotos, dá para ver que o Vitor perdeu um pé do tênis. É... coisas que acontecem em baladas.

domingo, 12 de julho de 2009

Foto de domingo

O Grêmio, via Michel Laub, tentou a contratação. O Todo Poderoso desistiu porque já tinha preenchido a cota de gordinhos no elenco. O Palestra do vovô Hideki até mandou o Luxemburgo embora para juntar dinheiro suficiente. Levou o passe desta dupla de atacantes (Vitor à esq.; Tom à dir.) o Barça, do tio Rodrigo e da tia Marina! Meus filhos são melhores que o Eto'o! Se cuida, Kaká!
PS: Meninas, sei que o texto acima parece cifrado. É do Pablo. Ele me explicou umas coisas.
Todo Poderoso = Corinthians
Palestra = Palmeiras
Barça = Barcelona
Eto'o... googlem. É um jogador aí.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Contabilidade

Não é à toa que vivo agora precisando dar uma passadinha no supermercado.
Ou ligando na farmácia atrás de serviço de delivery. Aliás, essa opção é só mesmo em último caso porque eles demoram uma hora e meia para fazer a entrega. Que bebê aguenta tanto?
Bom, para controlar melhor os novos custos, resolvi fazer uma espécie de planilha com (quase) tudo o que gastamos em um mês atualmente com a dupla. Aqui, coloco também as marcas que usamos e que podem servir como dica para outras mães, né? Testei muitas antes de chegar às minhas preferidas. A lista assusta (pelo menos a gente, que banca as coisas):

- 420 fraldas da Turma da Mônica Soft Touch Tamanho G (G! Já! Socorro! Compramos em um depósito no Pari, mas nem sempre o preço vale a pena. Bom mesmo é ficar atento às promoções e encher o carrinho numa boa oportunidade)
- 2 tubos de pomada contra assaduras Desitin Creamy 4 oz (Só vende nos Estados Unidos. É ótima. Eu peço para todos os amigos que viajam esvaziar as prateleiras das lojas de lá pra mim. É... deve ter amigo me xingando)
- 2 sacos com bolinhas de algodão 50 g (Aqui vale a lei do mais barato)
- 30 saquinhos de chá de camomila ou erva-doce (Viva a lei do mais barato de novo!)
- 90 laranjas-lima (Nem sempre tem desse tipo no supermercado. Por isso, estamos também frequentando feiras agora)
- 15 mamãos-papaya ou 15 bananas-maçã (Feira, feira!)
- 6 latas de leite em pó Nan 800 g (É a latona mesmo, que no começo eu achei que duraria muuuito. Por causa do Nan eu já passei apuros do tipo... descobrir à meia noite que acabou o leite e estar sozinha em casa com os meninos. Agora, acendo a luz vermelha toda vez que abro a última lata do armário)
- 2 vidros de sabão de coco líquido Mon Bijou 500 ml (Esse é o mais barato. Ainda não podemos usar produtos com perfume para lavar suas roupas)
- 1 vidro de álcool em gel (Para esterilizar a banheira entre o banho de um e do outro. Limpar o trocador, coisas assim. Lei do mais barato aqui também)

Acho que é isso. Um dia, mais pra frente, preciso elencar as coisas de infra-estrutura que compramos e temos ainda de comprar. Depois de montar o quarto, com dois berços e uma cômoda bem maior que a padrão, providenciar o carrinho duplo, a banheira, os bebês-conforto, agora começa uma segunda fase. Daqui a pouquinho chega a vez de escolher dois cadeirões, por exemplo. O carro da família também vem sendo repensado. Não cabemos mais nele. Olha, mas é uma diversão só, viu? Negociamos em dez vezes, levamos os gordinhos para sensibilizar as vendedoras... Problema maior é descolar um lugar em casa para guardar tudo isso. Há pilhas de roupas, fraldas, latas por toda a parte. E isso justo comigo, que amo uma organização!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Parabéns pra vocês

Olhei o relógio e já eram oito e meia. A casa estava no mais absoluto silêncio. Levantei com medo. Como o pai está viajando, de início pensei que não tinha ouvido a babá eletrônica. Imaginei os dois sem fôlego de tanto que poderiam já ter gritado. Corri até o quarto. Mas encontrei a dupla quietinha. Abri a janela. Os dois se mexeram, mas só. Por eles, continuavam lá, debaixo do cobertor quentinho. Lembrei então que precisava amamentá-los, tomar café da manhã, dar o suco de laranja e colocá-los para tomar sol. Tudo isso até às onze horas, quando a Maria chega e eu então me arrumo voando pro trabalho. Sim... vou amarrando o tênis no caminho, por exemplo. Depois de um rápido uni-duni-tê (é assim que se escreve isso?), levei o Tomás para o trocador. Ele se espreguiçou. E então me viu. E abriu um sorriso daqueles. A cena se repetiu com o Vitor. E eu me dei conta: pela primeira vez, passamos uma noite inteirinha sem choro.

É bem significativo que os dois tenham conseguido alcançar essa "marca" hoje. Hoje, eles completam seis meses de vida. Diante do fato - de uma alegria imensa para quem não aguentava mais levantar no frio sempre assustada -, ficou meio inevitável não fazer uma espécie de balanço. Lembrei do dia 9 de janeiro. Da minha barriga enorme. E do frio na barriga que senti ao entrar no hospital já sabendo que os dois nasceriam e iriam direto para a UTI. Não foi fácil. Mas dormir uma noite toda e despertar com o bom humor dos pequenos talvez já seja um sinal de como o medo vai se diluindo. E de como tem sido bacana essa jornada. Porque há momentos difíceis, mas há muitos outros deliciosos. Deliciosos em dobro, é preciso dizer!

Sempre sonhei com minha gravidez. Pois não tive um, mas dois meninos logo de uma vez. Daí, quando soube da vinda dupla, comecei a torcer para conseguir produzir leite suficiente por pelo menos um mês. Pois seis já se foram e eles continuam mamando no peito. E assim vai. Numa lista de desejos que se superam o tempo todo. Por isso, hoje, quando logo cedo eles começaram a falar algo lá na língua deles, eu resolvi retribuir o diálogo cantando "parabéns a você". Duas vezes. Deu vontade de cantar muitas mais. Só parei porque... olhei o relógio e já eram quase dez. Hora de preparar o suco de laranja - que agora eles tomam numa versão turbinada com cenoura.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Sobre Roberto, Vik e Maradona

Não é que filho nasce com gostos e manias parecidos com os dos pais?
Os dois amam Roberto Carlos.
O Vitor acha que o Vik Muniz se acomodou a uma fórmula que deu certo, mas que já não emociona tanto assim. Está até com preguiça de enfrentar a fila no Masp.
O Vitor curte futebol. Torce pro Boca. E pro Maradona.
O Tomás cochichou outro dia que se irrita com gente que se veste seguindo a modinha. Perguntou porque as pessoas não são mais originais.
O Tomás sonha em conhecer Tóquio. Mas antes vai para Nova York.
Falando em Japão, os dois gostam de comida japonesa.
Os dois esperam pelo fim de semana para ficar de bobeira na cama, assistindo a qualquer coisa na televisão. De preferência um episódio inédito de Lost.
É... e os dois olham para nós dois, dão um sorriso de canto de boca e pronto. Nós quatro sabemos o que isso quer dizer. E não é nada que se possa colocar em palavras.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

domingo, 5 de julho de 2009

Três fotos de domingo

Tom (esq) e Vi (dir)

Vi (esq) e Tom (dir)


quarta-feira, 1 de julho de 2009

Beleza na mesa

Tomava um café no trabalho com dois amigos queridos. No meio da conversa, alguém citou o clichê: "Toda mãe acha sempre o filho lindo". É... falávamos de bebês... e sim... eu sei que preciso urgentemente ampliar meu repertório de assuntos... Mas, enfim, eu desfrutava de mais um daqueles momentos do dia em que descrevo coisinhas que os meninos têm aprendido a fazer para uma platéia que nem deve estar de fato tããão interessada assim em ouvir essas histórias pela enésima vez. A expressão do rosto deles saiu da monotonia, no entanto, quando eu confessei: "Olha, eu tenho bem consciência de que o Vi e o Tom já passaram por umas fases meio feinhas. Aliás, eu vivo apagando foto da máquina digital quando vejo que os dois - ou um deles -apareceram feios no registro".

Até esses meus amigos, acostumados com uns absurdos que solto de vez em quando, ficaram um tanto chocados. "Como assim? Isso é verdade mesmo? Então precisa ir pro blog!", mandou um deles. O Pedro. Portanto, obedeço aqui a uma ordem. Isso é verdade sim. Quando eles receberam alta da maternidade, por exemplo, com dois quilos cada um, pareciam dois ratinhos. Fofos, amados, incríveis, gênios, mas... ratinhos. Nos ultrassons também. Surgiam na tela do computador e eu virava baixinho pro pai: "Ai... eles são feios!" E a gente ria, claro. Agora, bochechudos que só eles, roubam qualquer cena. Estão lindos. Mas pode ser que, mais pra frente, enfrentem outro período menos favorável, né? Sei lá... menino adolescente, com espinha na cara e voz fina, não costuma ser bonito... E antes que alguém leia isso e faça algum julgamento, já apresento minha defesa: lido com beleza de um jeito muito próprio. Não tem essa importância toda. Mesmo. O que não significa que eu não repita por aí, nos cafés com o povo do trabalho: "Eles não são lindos?" E ai de quem responder o contrário!