segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

As amigas deles

Fomos outro dia à festa de um ano da Mari. A Mari dormia no berço do lado do Tomás na UTI. É gêmea do Marcos que, fortão, recebeu alta logo que nasceu. Nós ficamos amigos dos pais da Mari e do Marcos logo de cara, no hospital. Lembro que antes de conversar pela primeira vez com a Silvia, a mãe deles, eu me emocionei com o carinho e o cuidado dela. No berço da filha, havia várias Hello Kitty em miniatura. Diante da minha curiosidade, a enfermeira contou que a Mari ganhava uma bonequinha a cada dificuldade superada. Achei aquele gesto de uma doçura sem tamanho. Sei lá, me fazia bem demais entrar na sala deles e encontrar as Hello Kitty enfeitando o cantinho da Mari. Afinal, criança e brinquedo combinam muito. E, naquele ambiente, a gente um pouco se esquece disso. Eu esquecia.

No aniversário, estavam também a Luana, a Mariana e a Giovana, trigêmeas que nasceram na mesma época e também vizinhas de UTI do São Luiz. Os pais delas têm uma força bem impressionante. Gostava de encontrá-los no corredor. Contava como estavam os meninos e lembro que sempre ouvia de volta um comentário otimista. E não era só uma coisa na linha "vai dar tudo certo", não. Era algo bem fundamentado. Porque, com as três meninas, eles sempre tinham já passado ou estavam passando por algo semelhante com uma delas. O Tomás operou o coração na mesma semana que duas delas, por exemplo.

Na festa, os outros convidados se divertiram: "Não tem ninguém com um filho só por aqui?" E eu respirei um pouco aliviada. Porque, junto com a Silvia e com a Márcia, me encontrei. Nós três passamos a tarde um tanto descabeladas, um tanto tontas, às vezes zelosas em excesso, muitas vezes nos perguntando qual dos filhos já tinha tomado a mamadeira. Rezei e torci muito pela Mari, pela Luana, pela Mariana e pela Giovana. Agora, ver todas com um ano, engatinhando, algumas quase andando (dá-lhe Mari!), é de arrepiar.

3 comentários:

Unknown disse...

Que delícia, Gi! Estou toda arrepiada com seu realto. Deve ter sido demais! beijos

michelle disse...

Querida Gisele,
Agora que fui apresentada ao seu blog começo a ler lentamente seus posts. Este aqui é do começo do ano, mas não importa porque indificação não temc prazo de validade, né? Elisa e Manuela também ficaram na UTI do São Luiz e sinto um pouco ter perdido o contato com os pais "vizinhos" de sala. Não me canso de lembrar de cenas emocionantes como da mãe da Nicole, uma bebezinha mini (acho que na época não tinha muito mais do que um quilo) e sua mãe sempre tão sorridente e otimista.
Viver as descobertas da maternidade de primeira viagem numa UTI é intenso e enriquecedor.
Um beijo

Gi Kato disse...

Oi, Michelle!
Que bom que nos entramos agora!
Um prazer tê-la como leitora.
Beijão querida!