segunda-feira, 1 de junho de 2009

Oi, irmão!

Vitor (esq.) e Tomás (dir.): de mãos dadas pela primeira vez

Eles já sabem que têm um ao outro! Ou melhor... eu acho que eles já sabem! Ontem à noite, estávamos nós três deitados na minha cama e, de repente, o Vitor arregalou os olhos e encarou o Tomás. Ficou assim, em um estado de hipnose, por bastante tempo - o que, no caso dos bebês, significa uns três, quatro minutinhos. Depois, riu gostoso, como se falasse: "Oi, cara! Então era com você que eu dividia a barriga da minha mãe! Prazer!" Eu fiz de tudo para que o Tom também percebesse o irmão mas, disperso como ele só, balançou a cabeça de um lado pro outro sem se concentrar em nada. Hoje, no entanto, durante o banho de sol, o Tomás viu o Vitor pelo buraco que há entre os dois lados do carrinho duplo que dividem. E teve uma reação bem parecida. Primeiro, providenciou uma expressão de susto. Na seqüência, sorriu: "Estava mesmo querendo saber por onde você andava, seu Vitor!"

Nossa! Desde que eles nasceram a gente se pergunta quando os dois vão entender que vieram ao mundo em dose dupla. Agora, acho que podemos dizer que o processo de reconhecimento começou. E observar as carinhas que eles assumem quando se olham é um desses privilégios de pais de gêmeos. Mas uma coisa precisa ficar clara: eles iniciaram ontem o reconhecimento racional porque, desde a maternidade, procuram um ao outro de forma instintiva. Lembro que quando chegaram em casa, dormiram por várias semanas no mesmo berço. Eram pequenos demais e a decisão se mostrou bem prática: um ajudava a aquecer o outro. Colocávamos eles sempre bem separados, um em cada canto do colchão, embrulhados em cobertores, escorados por travesseiros. Pois toda vez os dois se mexiam até encostarem as cabeças. Acabavam com o corpo todo torto, mas só sossegavam assim. Um dia, entramos no quarto e as cabeças não só estavam encostadas como eles haviam arranjado ainda um jeito de dar as mãos. Preciso escrever que chorei de emoção? Ok, sem pieguices óbvias...

Para terminar: às vezes, muitas vezes, estou brincando com o Tomás e, quando percebo, o Vitor está rindo também. Ou vice-versa. Eu choro sempre que isso acontece. Eu sei... estou chorando muito! Mas é tão raro presenciar uma cumplicidade assim pura, né? Tomara que eles cresçam com esse sentimento na alma. Porque, por tabela, acho que eu e o Pablo também vamos melhorando como pessoa. Enfim, eles vieram nos salvar. E eu espero ser uma boa aluna.

Um comentário:

Lidy Araujo disse...

gi, que bebês lindos! e que post emocionante. amei!
parabéns e muita saúde pra essas duas coisinhas fofas aí.
que sejam muito felizes juntos.
beijócas