sexta-feira, 29 de maio de 2009

Gente grande

Uma sacola de plástico enooorme fica agora em cima de uma bancada no meu quarto. Todo dia ao menos um par de roupas colabora para aumentar seu volume. São os macacões e bodys que não cabem mais nos meninos. E olha que eu não desisto tão fácil, não. Chego a alargar um pouco as golas com as mãos para ver se passam pelas cabeças. Encolho suas barrigas à força para abotoar um casaquinho. Lindo por sinal! Lindo e... já com a sacola como destino! Incrível como os bebês perdem roupa rapidamente. Para me consolar, as pessoas até lembram que o Vitor e o Tomás usaram por bem mais tempo o enxoval de RN, já que nasceram prematuros. Não adianta: sinto uma coisa estranha a cada leva perdida. Um pouco por causa dos gastos mesmo - no meu caso em dobro. Mas a melhor justificativa é bem irracional. E um tanto louca, concordo. No fundo, no fundo, quero que eles permaneçam assim. Pequenos. Saudáveis, fortes, mas em um tamanho que caiba no meu colo, sabe? Me dá um aperto esquisito toda vez que percebo que, sim, eles estão crescendo. As mudanças acontecem numa velocidade acelerada demais para o meu gosto. Eu não lido bem com mudanças...

Outro dia, depois de um longo período enxugando os meninos com fraldas, a babá me deu quase um ultimato: "Está na hora de tirarmos suas toalhas do armário. Eles já são mocinhos!" Ai! Quase morri do coração. As fraldas P eu dei para a minha cunhada porque também já não havia jeito de grudá-las sem que o xixi vazasse. E, na semana que vem, o pediatra vai me orientar para introduzir frutas em sua alimentação. Ao que tudo indica, muito em breve, terei de comprar prato e colher para eles (pronto! Viraram gente grande e eu não me preparei para isso!).

Aliás, no caso das frutas, outro detalhe me preocupa. Desde que saí da casa dos meus pais, elas agem como inimigas minhas. Juro que tento ir ao supermercado no ínicio da semana, com uma listinha toda organizada para um cardápio saudável, mas ou compro demais - e dias depois sou obrigada a jogar no lixo o abacaxi e a caixa de figos estragados - ou compro de menos - e dias depois sou obrigada a comer novamente um chocolate de sobremesa (o que não é exatamente um drama, né?). Agora, com o Vi e o Tom, no entanto, produtos em lata ou pacote estão descartados por enquanto. Ou seja, além de ter de lidar com esse crescimento aceleradíssimo da dupla, vou ter de fazer as pazes com o mundo colorido dos sabores que brotam da terra. É... Logo, logo, vou esnobar por aí com o que eu chamo de "geladeira de mãe", cheia de frutas, legumes, verduras. Vai ser um orgulho só! Enquanto eles viram gente grande, me empurram para esse posto também.

Um comentário:

Marina disse...

Como sempre: uma delicia ler os seus posts!
Olha que voce precisa adicionar para a sua lista: trabalhar, cuidar da casa, fazer supermercado, ir ao cinema... e nao deixar seus "seguidores" na mao. Nada de deixar seu blog de lado, heim?!!